A Usina Hidrelétrica Queimado executou em janeiro de 2018 sua primeira recuperação de processo erosivo às margens do reservatório, que é caracterizado por exibir um processo crônico de erosão de encostas, causado ou não pelas mudanças no nível do reservatório, podendo se formar ravinas seguidas de voçorocas, solapamentos de solo, e/ou processos erosivos menos agressivos (sulcos, erosão laminar e ravinas) abrangendo áreas de grande extensão.

Para esta recuperação ser realizada em tempo hábil, contou com uma equipe capacitada, seguindo todos os procedimentos de segurança exigidos pela Cemig e seguindo todos os procedimentos estabelecidos no Projeto de Contenção e Recuperação do Foco Erosivo de Alto Risco.

A recuperação do foco erosivo comtemplou a utilização de:

  • cerca de arame farpado para isolamento contra animais, tais como bovinos e equinos;
  • bacias de captação de água (barraginhas), para a contenção e redução do deflúvio superficial da água;
  • paliçadas compostas por sacos de terras para a retenção de sedimentos carregado pelo escorrimento da água, funcionando como pequenas barragens;
  • biomantas compostas por fibra de coco recobrindo toda área com solo exposto, ao criar uma camada protetora que reduz o impacto das gotas de chuvas que caem ao solo e também gerando um sistema eficaz de drenagem desta água;
  • plantio de espécies nativas do cerrado, dentro e em toda a área cercada do foco erosivo;
  • semeio de sementes nativas do cerrado, em forma de micro covas, bombas de sementes onde não havia acesso ou fendas no solo;
  • também foi utilizado o corte nos taludes e cristas para suavização do escoamento superficial e favorecimento da aplicação da aplicação das biomantas.

Este trabalho foi só o primeiro de muitos outros que serão executados pela UHE Queimado, que continuará contribuindo na redução dos processos erosivos às margens do reservatório por muitos anos. Os resultados desse trabalho podem ser vistos nas fotos a seguir.

Texto elaborado por Marcone Pereira Oliveira